Maria de Fátima Rodrigues Makiuchi (OPCULT/PPGDSCI/Ceam-UnB), Wallace Pantoja, Edilene Américo, (OPCULT/PPGGeo-UnB)

Os observatórios são comunidades de referência, reflexões, estudos e têm sido cada vez mais conhecidos e reconhecidos pela sociedade por seu papel voltado à análise e reflexão e também como referência no acompanhamento e fiscalização de um determinado setor ou de temas específicos, em nosso caso, políticas públicas culturais. A função dos observatórios está associada às seguintes atividades: recopilação e elaboração de bases de dados; metodologias para codificar, classificar e categorizar informações; conexão entre pessoas e organizações que trabalham em áreas similares; aplicações específicas de novas ferramentas técnicas; análise de tendências/publicações.

Dentro desse escopo e contribuindo para a estruturação do Observatório, foi proposto o projeto “Programas e Políticas Públicas Culturais na Área Metropolitana de Brasília (AMB)” que pretende levantar, no período de 2004 a 2014 (dez anos), os programas e políticas públicas em cultura implementadas no território da AMB. Na etapa inicial, iniciada em julho de 2014 e a ser concluída em maio de 2015, procurar-se-á identificar a existência de programas/ações/políticas públicas no território a partir de 2010, seus objetivos e localização georreferenciada com intuito de gerar cartografia das políticas culturais do território.  

O foco de análise da proposta é a disseminação das políticas culturais no contexto territorial da área metropolitana de Brasília (AMB). De acordo com a Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan), em Nota Técnica (NT) nº 001/2013, a Área Metropolitana de Brasília (AMB), ainda virtual e inserida na área urbano-regional (de influência) de Brasília, e na Região Integrada de Desenvolvimento (RIDE) do Distrito Federal e do Entorno, é constituída por 12 municípios goianos limítrofes ou próximos ao Distrito Federal, além do município de Brasília. São eles: Águas Lindas de Goiás, Alexânia, Cidade Ocidental, Cocalzinho de Goiás, Cristalina, Formosa, Luziânia, Novo Gama, Padre Bernardo, Planaltina, Santo Antônio do Descoberto e Valparaíso de Goiás (todos no Estado de Goiás).

A rápida expansão territorial da AMB foi marcada por uma carência de infraestrutura e criação de desigualdades sócioespaciais importantes. A área metropolitana atual de Brasília é um território onde vivem mais de três milhões e meio de habitantes, cuja dinâmica urbana está ligada a área considerada patrimônio da humanidade, pela UNESCO, desde 1987.

A área metropolitana de Brasília é um potencial laboratório analítico da problemática do desenvolvimento e dos problemas urbanos dela decorrentes, no contexto de demandas sociais por serviços públicos de qualidade para todos.

O material produzido e os resultados obtidos serão disponibilizado no repositório de dados criado no âmbito do “Observatório de Políticas Públicas Culturais” – OPCULT.